Quantos amores nasceram entre o céu e o abismo,
num penhasco de nuvens ou num fio estendido
sobre o Halo da Lua ou no alto das Torres de Calino ?
E tantas Flores morreram nas cinzas
e renasceram como um Pássaro,
esse, sim, Eterno,
que atravessou minhas trevas
e pousou absurdo sobre
o meu adormecer de infinito (não-Absoluto).
E eu, Pálida Rosa, enchi de brisas e carícias o espinho
que me atravessou o céu noturno,
enquanto olhos de Luz velavam meu sono e meu despertar
pela fresta da janela do tempo profundo...
E, quantas vezes, ousei não voar para fugir
dos "looping's de futilidades", esses...
que meus pés trançaram embriagados e sem sentido,
enquanto a morte caminhava ao meu lado
e dela sempre ressuscitei por amar o Mar ?
Quantos choros brotaram em meu amanhecer,
quando o silêncio ainda era noite
e os gorjeios da manhã ainda não haviam nascido ?
Ou quando não escutei nenhum pio
do Rouxinol de Sol e Asas de Antiguidade ?
E mesmo assim, meus dedos (surdos/mudos)
compunham Sonatas de Amor
em partituras de uma nota só...
Foi quando o poema, meu, encontrou o teu
e bebeu da beleza triste e da nobreza do teu/meu olhar...
Saudades, Liss!