Tem uma saudade fazendo ruídos dentro do peito.
Uma dor que arranha as paredes do coração.
Um barulho lacerante afogando os olhos.
Há brumas avessas ao silêncio
e motes de luzes que não vemos
dançando do lado de lá das três portas da Vida.
Se há silêncio, há vida me disse um dia
um velho carpinteiro de palavras.
Então, que soprem a essência das brisas
para dentro do nosso silêncio...
No silêncio do mundo e em meu/teu próprio silêncio.
É quando falamos sem palavras...
Sou flor das neves que faz teu leque de amor.
Garça de ouro num céu de prata e veludo.
Pequena e simples, igual água límpida e pura...
Escrevo o livro da vida, com dedos de Sol.
Que se calem as estrelas,
que adormeçam os cometas
e se acalentem as horas
na janela do tempo profundo.
Que os olhos se vistam de brandura
e cintilem amor
para dentro de nossas almas e corações.