Ainda descanso
no remanso da palavra não dita -
à luz de um silêncio que,
em seu existir,
me diz que há vida.
Ouço o cintilar
dos mistérios
e segredos
desta quietude
e compreendo
que o choro do vento
é poesia...
Sim, talvez seja
a poeta do silêncio...
talvez seja
a voz muda no deserto...
ou... quem sabe
não tenha asas para o chão...
e ande, pés de barro
e alma taciturna...
sempre despida...
em palavras...