Maria
Prosa e Poesia
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Textos

Saltimbanco de Palavras

 

Também faço versos

como quem se desconjunta toda.

Deixo a dor dos ossos

e um pouco de sangue

em cada palavra escrita.

É que dói explicitar-se

num poema mudo e silencioso.

Mas continuo tentando.

 

Saltimbanco de palavras

me debruço em convulsões

e mergulhos intempestivos

no ar deste pergaminho do tempo.

 

Rodopio asas sobre o velho tapete

do balé da vida e trago meu coração

na ponta dos dedos de minhas primaveras.

 

São o devir de metamorfoses os versos -

se deixam levar pelos ventos

e desenhar pelas mãos da menina

que ainda me habita

e brinca de moldar nuvens no céu de sua vida. 

 

Inspirada em Quintana

 

Foto: LCAJ

Maria
Enviado por Maria em 21/01/2024
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