Por quanto tempo andei naufragada em meu niilismo,
nas mãos, poemas sem asas, sonhos
com olhos para lugar nenhum...
Quantas vezes me ancorei em palavras perdidas,
aguilhoada em grietas de infelicidades,
presa a pássaros clandestinos,
escrevendo testamentos de dores tão sentidas
que a alma desplumava-se até de si...
Então a luz chegou com sua omnia
e um caminho escrito na palma da mão...
Foto: Maria.