A cor gris do espaço e do tempo,
as estradas sozinhas e lancetadas de sonhos
que se debruçam, mesmo sem ver,
sobre a esperança dentro do túnel oco e escuro...
Ah! Se soubesses como o vazio
é um fardo pesado e difícil de carregar...
não tem asas, mas quer nos levar sem rumo
para espaços perdidos
de mim, de ti, de nós, do tempo que passa...
passando... passarinhando....
como tu, ave bendita que me diz
que é só abrir as asas... e fazer a travessia...
Não sei passarinhar na escuridão...
mesmo que a travessia
não necessite de olhos,
mas de asas... e de sonhos...
Poema e foto: