A escuridão
abraça o caminho
num golpe de vento.
O cabelo molhado
navega nessas ondas
procurando se aninhar.
Não sei se as ruas
ousam dormir.
Sei que ouço o balouçar
de soluços e risos
nos sopros das nuvens...
E a alma se desenha
no pergaminho do tempo
aos pés do silêncio
das madrugadas...
Poema e foto: