O tempo avança
de forma vertiginosa.
Gigantescas ondas
em meu Mar Azul...
E esse modo de ir leva as folhas
que caíram com ele.
O passado jaz, calado e nu.
Não tenho efeito sobre ele.
Nossa história parece
que só importa a mim.
Nosso amor é guardado
como relicário em Meu coração.
Aguardando um tempo
entre tuas escolhas
para ser vivido...
Hoje, eu encontro
o sentido das coisas
nos vãos e margens
dos pergaminhos do tempo.
Aqueles que sou
e que eu mesma escrevo.
Rabiscos e hieróglifos
que se desenham
e se fazem vivos.
São Vívidos e Vida!
E descem as dores
pelo canto dos olhos...
Palavras que me culpam
pela suas próprias decisões...
Sabe?
É dolorido o Silêncio que fizeste.
Ainda queima forte na alma.
É assombrosamente
dolorida a indiferença
o descaso, o desamor.
E, sim, é pontiaguda
a palavra.
É cortante a dor.
Por isso, ouça o que te falo:
tuas lágrimas são as mesmas minhas.
Choramos tuas escolhas.
Mas, o sentimento está aqui.
Intenso. Forte. Pulsante.
Ele ouve, calado,
o seu próprio sopro
e murmúrio: eu te amo!
Sempre te amei!
Pra sempre vou te amar!