Prefiro viver à deriva
do que amarrada
- eternamente - ao cais.
Cruzar um silêncio que fala
é como adentrar horizontes
em busca dessa rede
que pesca esperanças
e se aconchega
nessa hora longínqua,
num sol de amor
que ofusca o que não é totalidade,
o que não traz o significado
do que diria a boca
que ama com o olhar perdido
na janela de cortinas
sazanadas pelo tempo:
ela é tudo!
Que essa canoa voe veloz
para este Mar que acalma
e acende promessas da noite seguinte.
Intertexto com