Conheço essa miséria de oceanos,
naus atracadas em naufrágios interiores,
afundadas em poços
de fogo e lava incandescente
de ondas de tormentas bravias.
Ah, hoje, a paz dos ninhos,
a saudade serena
de nuvens e névoas
sobre a face que me fita
do outro lado da janela
do tempo profundo.
Que languidez - meu Mar -
num peito e braços quentes -
um sonho que nunca se finda...
quando todas as noites são manhãs
e toda escuridão a nossa luz
de ternura e paixão
a brilhar na face nimbada de amor.
Poema e foto: