Recolho os maços de poemas que povoam a alma
e me permito escoar em cada palavra
como um Mar de mãos trêmulas
a percorrer a tez amada.
Trago a língua dos mistérios,
o enigma da palavra
e o desconhecido do cimo das flores,
das pétalas de auroras
que fazem fruir a poesia
por entre os acrãs de risos e felicidades
que ainda ecoam pela tarde vivida.
Invento flores de palavras,
linhas das gotas de chuvas que caem
como pequeninos fios
de cristal e luzes entre as águas.
Ah! Invento mãos de candeeiros,
um pedaço de mim... te entrego,
tocando-te com meus dedos
de violinos e laços de amor.
Pintura: Andrei Markin (1976)