Não faço armadilhas com palavras,
nem crio matrizes ou máquinas
que transformam a percepção
de quem as olha.
Sou da tríade do amor,
paz e luz/conhecimento.
Trilho caminhos sozinhos
e sei que estou fadada
à eternidade desta solidão.
Preciso de uma floresta
em qualquer canto do universo
onde possa me aninhar docemente
em meio aos líquens e musgos,
me acolher nos braços da natureza
e me deixar levar - folha seca -
pelas águas do rio encarquilhado
de suas próprias enchentes,
acossado pelas tempestades da vida...
ouvindo os rumores do sibilar dos ventos
enquanto as lágrimas descem pelos dedos
e sangram as cordas e a arca de meu violino.