Um conjunto da obra que nos faz eternos e finitos ao mesmo tempo. Eternos quando nos lança ao mundo e ao universo de luzes, finito quando morre poema qual semente nas profundezas da terra aguardando o tempo certo. Daí, penso, o poema é sim atemporal. Brota e rebrota como organismo vivo e transcendente do tempo e do espaço.
Significa que vejo o poema como atemporal e eterno capaz de surgir e ressurgir no tempo inspirando e transcendendo limites, fronteiras e territórios.
Reconheço o poder duradouro do poema que pode ser de um tempo passado e depois ressurgir e inspirar pessoas em diferentes contextos e épocas. Claro que considero que ele possa ser também finito quando morre palavra (lembrando que como palavra é eternizado). Torna-se, assim, em sua finitude, como fosse um cápsula do tempo falando de sua época, mas... possuindo a universalidade e a atemporalidade que o mantém vivo pelos séculos dos séculos.
O tal do intertexto por exemplo, que o Poetinha tanto fala. Ou seja, a ideia de que um poema não existe isoladamente, mas está em constante diálogo com outras obras literárias, culturais e históricas. Ao considerar o intertexto, vemos como um poema pode continuar a ecoar e influenciar outras criações, mesmo após sua criação inicial. Essa rede de conexões e referências contribui para a percepção de que a poesia tem uma qualidade atemporal e eterna, já que suas ideias e imagens podem ser reinterpretadas e reimaginadas de diversas maneiras ao longo do tempo.
Assim, o intertexto reforça a noção de que o poema é capaz de ressurgir e se renovar em novas formas e contextos, mantendo sua vitalidade e relevância através das gerações. Essa perspectiva amplia nossa compreensão da natureza da poesia, destacando sua capacidade de transcender as limitações temporais e continuar a inspirar e provocar reflexões ao longo do tempo.
Intertexto com
De meu poetamigo Joaquim Moncks (O Poetinha)