Capturo a tensão do poema.
Essa necessidade dilacerante de proximidade
enquanto se exerce
a individualidade e a felicidade solitária.
Que mundo vivo
que meus olhos se veem numa janela de cristal
e se conectam consigo mesmos
nos sentimentos que transcendem suas retinas?
Conexão com meu próprio sentir?
Minha emoção na pele, criando um rastro de fogo
entre um canto e outro de mim?
A realidade não só é outro mundo,
como experimento
que piso fora do planeta em todo tempo.
Há uma clara desconexão entre o que percebo
e o que realmente acontece ao meu redor?
Eu sonho, imagino... para sobreviver
em conexão com o mundo, com o outro, contigo,
com meu próprio espaço interior.