Também me via
como uma chama
vacilante e tímida,
enquanto tantos
que encontrava pelo caminho
eram brilhantes luzeiros a iluminar
os pés dos andarilhos e viageiros.
Um dia me disseram
o quão essencial era minha luz,
quão quente e convidativa
a chama da minha lamparina...
que também eu podia iluminar
os olhos de algum passante
e aquecer o coração de alguém
que havia se deixado abraçar
pelo frio e pela névoa.
Hoje sei quem sou
e para que vim...
Sei do que me habita o ser,
a chama viva e eterna
o Amor verdadeiro,
pleno e real em mim.