No silêncio da noite te escrevo.
Como uma estrela que já se apagou,
mas da qual ainda é possível ver a luz, eu sigo.
Sinto a imensidão do universo
tolhendo minhas forças...
também a verve e a poiesis
que um dia você - em mim - plantou...
Sou a estrela que brilha no céu,
mas o que vês é só seu brilho fugaz,
pois ela - a estrela - já morreu...
há milhões e milhões
de anos-luz deste nosso tempo...
tempo de silêncios e saudades...
Pintura: Maria.