Queria que ela soubesse rezar,
mas seus dedos sabem compor
cantos de sombras
que se lançam na noite...
que se perpetuam...
por entre os claros e escuros
dos voos de sua solidão...
Queria que ela só soubesse amar...
mas as teclas de seu piano
também sopram noites,
árvores sem pomos...
chorando a alma de flor
nascida em infindos ais...
Queria que ela só se soubesse amada...
mas as cordas de sua harpa
também vibram (in)certezas e medos...
aquela mulher...
que sabe cantar... até voar...
mas não sabe de tudo,
do todo o amar...