Maria
Prosa e Poesia
Capa Textos Fotos Livro de Visitas Contato
Textos

De vez em quando me perco no pó das estrelas...

De vez em quando ainda me perco no pó das estrelas, procurando sonhos iguais, similitudes, sementes e pólen de flores que possam me fazer ver a mim mesma. Sinto a alegria e a felicidade por estar viva, mesmo quando as memórias do que não quero mais viver chegam e tentam me assustar. Eu viajei pelo medo e pela dor como uma náufraga perdida e desorientada - longe dos remos para as mãos. A raíz dessa dor dilacerante? Seus nós de memórias apontam para a hostilidade e a cólera assoberbada. Perdoar-me? Por carregar nas mãos o ferro fumegante pairando à beira epiderme ? Em minha fragilidade - lutando com a força da fúria -  eu me encontrava diante do espelho... Olho no olho. E... Machuquei a mim!!! Foi em mim, no fundo meu coração, que doeu e as chagas se fizeram... Dilacerada, eu sabia do que se tratava. Rasgada, eu sabia o que reproduzia: essa raiva, essa dor, esse ódio... essa fúria desmedida... Por isso, por muito tempo carreguei só cacos e velharias dentro de mim. Fiz grades em minhas janelas dos olhos da alma. Abracei-me ao medo e à solidão... A ansiedade sufocando-me e impedindo-me de seguir em frente. A dor frustrando todos meus sonhos de menina-moça... ... por isso, De vez em quando... ainda me perco no pó das estrelas, procurando sonhos, similitudes, sementes e pólen de flores que possam me fazer ver a mim... e trazer a cura total... Sim! Aos poucos a Luz me toca. Sutilmente me toca e me faz feliz. Tua Luz! Sinto a alegria e a felicidade por estar viva...

Maria
Enviado por Maria em 07/06/2024
Alterado em 07/06/2024
Comentários