"O pensamento deve buscar o sublime, a grande verdade, o além. Mas deve também observar as pequenas insignificâncias, os dejetos, os detritos [...]. Não deve desdenhar as coisas desdenhadas; não deve desprezar as coisas desprezadas" (Edgar Morin, 2003, p. 55). Ou seja, ir além do trivial, além-físico. Por isso, busco o caráter mágico da palavra, da expressão evidente e concreta no rito de colher letras num universo interior mergulhado no caos, no culto sagrado de um poema, na poesia que se desenha nas cordas de meu violino, no jeito simples, mas mágico do pensamento que se transforma na minha verdade. Por isso, a palavra não sugere pleníssima veracidade. Ela é. É a verdade do poeta naquele momento intrínseco onde se materializa o seu pensar. A palavra é a materialidade da verdade do poeta.
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