Não tenho consciência do caminho.
Perdi o fio da história
que já teve tantas idas e vindas
e se repete infinitamente se repete.
Guardo o camafeu de sentimentos
nas profundezas da alma
que quis se expressar na tarde
e só recebeu indiferença e pressa.
Pra que falar se o mundo roda
ao redor de outra estrela
e a flor paira quieta e insulada
num escanteio do espaço
em constante evocação
pelo fim de todos os caminhos e vida?
Subo escadas, desço escadas,
bato perna pelos corredores da alma
e me deparo com o espelho do quarto
sozinho e silencioso a me olhar
- em meus próprios olhos -
cílios beirando um rio...