Palavras vertem, puras, da alma de poço...
Silêncios se agigantam formando nós na garganta
que, imensos, escorregam dos olhos
feito massa em movimento.
Intensificam o processo criadouro...
porque remetem aos sentires mais profundos,
às grietas mais densas e inundadas de emoções...
Nem tudo pode ser dito, nem tudo pode ser descrito.
Por isso, guardo mistérios no coração e me revelo
em reticências e linhas em branco,
que se nada dizem aos olhos que as procuram,
expressam o sentimento que se desenha
por baixo da superfície que se pode ver,
nas profundezas invisíveis
dos pergaminhos interiores...