E os dedos de violino
escreveram um poema
na areia da praia.
Foi um jeito de eternizar
o sentimento para o mundo
que não o precisa saber.
E vieram as águas
e colheram cada letra
em suas ondas
para nas maresias as semear.
E a semente garlou o tempo
no partir das embarcações,
como um beijo deitado
na imensidão do céu...
E a poesia nasce na noite insone,
nas fantasias latentes de um olhar
que espia os desafios do peito
enquanto as ondas
apagam o poema
escrito na areia da praia...
com o toque acariciante do Mar...