Um poema nunca passa distante.
Como poderia se o teço dentro de mim?
Brota em algum lugar escondido,
com rimas perdidas, acende uma luz
e viaja pelos caminhos do Poeta,
naufragando em suas mãos.
Passa perto o verso, calado ou taciturno,
cansado e com olhar distante...
toca uma melodia incompreensível,
mas fala tão íntimo
de um coração que ama e grita esse amor.
Ele não cala a voz do fogo
que tremula saudades
do que nunca teve.
Sim, há mais mistérios neste rosto
que contempla a chama num dia de natal
e busca apagar, do Sol, o medo de viver...