É preciso compreender
as entrelinhas
das palavras não ditas,
do silêncio que faz vingar raízes
para a alma conhecer
os caminhos dos pés...
Um dia os olhos abrem
e vemos que, mesmo que sejamos
como que apenas
um sopro fugaz do tempo,
somos revestidos de auroras,
temos tornozeleiras de flores
e colares de sonhos no pescoço,
espargindo luminescências
como uma pequena,
mas preciosa estrela
a empreender trilhas de vida
pelo universo de luz e palavras...
E o poema nasce na noite fria e insone...