Enquanto percorria montanhas e estradas
deixei para trás caminhos esquecidos
e desenhei outros com minhas pegadas...
Nas trilhas embalavam-se saudades,
como num berço de balouçar despedidas...
Corri por caminhos que tanto meus olhos já viram.
Me reconheci em cada curva
e o velho desejo de morrer ali
ressuscitou como fogo a bramir os olhos.
Se eu pudesse escolher,
o meu findar seria no colo da montanha amada...
Mas, no meu peito ainda arde a vida.
E os olhos se perdem num poema triste
e cheio de questionamentos.
Será que um dia alcançarei a plena felicidade?