O amor está presente e é profundo, ardente, puro. Posso vê-lo e sentí-lo nas batidas do teu coração e nos teus olhos que me fitam na janela do tempo profundo.  Mas o silêncio dos teus labios na vivência do cotidiano, o "eu te amo" que é dito a outro coração, o abraço e o amar que destinas a outro corpo, os questionamentos, angústias, medos e dúvidas que destilas em cada poema, o medo que tens de me falar o que sentes, a foto dela contigo em tua vidraça... a xícara de canyons profundos que seguras em tua mão cotidianamente, as constantes falas tuas (em tua poesia) dizendo que o amar está cada dia mais distante, cada dia mais longe, que a felicidade é só quimera em tua vida, tudo isso me leva a pensar que, por mais que me ames de amor verdadeiro (e acredito nisso) o amor verdadeiro não é a escolha para ser vivido em tua vida. Quando sentirei teu abraço em meu corpo e teus lábios dizendo que me ama? Haverá um dia? Existirá esse momento em que olharás para mim como, corajosamente, te olhei ao te dizer: "você é um homem muito amado!"?  Haverá um dia em que me dirás: "Maria você é uma mulher muito amada! Eu te amo do fundo do meu coração!". É só isso que quero ouvir. É o meu sonho, ouvir seus lábios me dizerem do amor que eu sei que me tens, sentir os teus bracos me dizendo isso do seu jeito, sentir teus lábios selando esse o sentimento num beijo de amor. Espero por isso todos os dias há milênios e milênios de horas do tempo. Porque te amo! É amor verdadeiro, profundo e intenso que te tenho. Te amo! Que mais posso dizer?