E dizes que minha poesia cria,
Polêmica, em versos que vão e vêm,
Rasgas o jornal, com sua ironia,
Verdade ou mentira? Quem é refém?
A realidade escrita, comprada,
Fidedigna ou não, certa ou errada,
São registros da história, encravada,
Na mente de quem lê, de quem é nada.
Talvez melhor ler poetas, tolos,
Em versos nobres, sonhadores, vãos,
Mas que tocam profundos corações.
Pois na poesia não há monopólios,
Só o amor dos tolos e dos irmãos,
Que vivem nas rimas, suas paixões.
Para o texto: ADMIRÁVEL LOUCURA (2006)
de Kolemar Rios