Falo da complexidade do desejo de liberdade e expressão. Também do significado profundo dessa liberdade, representando tanto a busca por libertação pessoal quanto a busca coletiva por uma emancipação mais ampla. Sei que minhas reflexões a partir de uma ideia de antítese de eu mesma, sugerem uma contemplação sobre a dualidade e a contradição inerentes à condição humana. Para isso servem os espelhos, não é ? Eu me vejo no outro enquanto o outro se vê em mim. Ou, não? Faço uma autoironia sobre a consciência do poder e das limitações das palavras para expressar ideias complexas e sentimentos profundos como estes que tento, em vão, aqui explicitar. Reflito sobre a liberdade de sermos plenamente livres e expressivos - na palavra muda e articulada. É uma meditação tênue a superficial sobre o potencial transformador da palavra na busca por um mundo mais livre e justo.