Sei de todas aquelas vozes que caem
quando a noite corta a alma
de brumas e silêncios.
Foi num dia de meu Natal
que uma história para cam foi escrita.
Em que a coragem faz das neblinas da noite
um canto suave e amoroso
a dançar na beleza das brumas do coração.
Sei da escuridão que chega quando o canto cessa
e a brisa pousa lenta e roucamente
sobre o tapete de folhas mortas...
Então sou folha que o vento sopra
mostrando tantas cores imaginárias
enquanto a minha felicidade
é jogada nos braços que te acolhem
num abraço de amor e paixão...
Sei dos teus desvelos,
és tu que me surpreende com palavras
e me torna mais poeta – sem rumo, sem norte –
sempre levada pelos ventos
como a pluma que se move no universo de luzes.
Estou aqui, presa no tempo e espaço
de minha torre azul e amarela
enquanto caminho por teu dorso de palavras
sem placas proibidas,
sem pisar em estradas bloqueadas,
sem recursos artificiais.
Só eu e você, olho no olho, até sem palavras...