Queria ter essa capacidade
de sustentar silêncios e ofertar flores,
ser folha e irradiar luz, mesmo o céu nublado
e o caminho neblinado de incertezas...
É que ainda não sei rezar silêncios,
que falem sem contar todos os meus sentidos.
Sei que as mãos postas tornam inaudíveis
os barulhos do mundo, mergulhando o ser
nas marés de sossego e quietude,
nos sons da vida interior.
Mas, nem sempre faz sol nas grietas lá de dentro.
Tem dias que chove chuva
sobre as asas e penas da alma
em amor e em ebulição...