Folheio laudas antigas de quem muito amou
de brasas acesas sobre o chão...
Toco saudades ainda quentes - infernais -
de um som que o tempo não calou.
Sabe aquela poesia jamais esquecida?
Aquelas letras que te dizem quem és,
que rumorejam ar ao coração?
Que falam de um sentir flamejante
de um peito, uma flor - ainda - em botão?
Aquelas letras que somente a noite,
acorda do sonho, a mulher adormecida
e a faz florir - numa tarde quase esquecida -
o amor, nas linhas tortas de um poema-canção.