Diáfanos olhos verdes,
de velhas pálpebras
raiadas de auroras de luzes...
Olhos inescrutáveis que sondam -
silenciosa e timidamente -
as cores rosa cálido de um Sol
que ainda usa coberta de mocidade
em seu grisalho entardecer...
Tristes e penetrantes olhos -
disse o Poeta da antiguidade -
cuja solidão Ninguém veste
e cujo pranto desce
com a força das partituras
de uma orquestra distante
e esvaziada de sons...
Há um sentimento inalterável
neste caos que aos poucos se organiza:
nele se move um coração
que ama incondicionalmente
e faz desse amor chão e luzes
para os pés que ousarem
sua estrada de tijolos amarelos
um dia - em reciprocidade - trilhar...