Querido Joseph
Este bilhete eu escrevi, mas nunca te enviei. Foi quando ainda estavas aqui em Saint-Michel. Era um dia nublado, de chuva, daqueles que sempre te deixam triste, que influenciam teus pra dentro com o cinza do que está fora.
"Fico triste quando te vejo triste, quando te vejo impaciente, cansado. Não quero ser um atrapalho na tua vida. Quero ser um presente, uma luz, uma coisa boa, em todos os momentos, em todas as vivências e não só na hora de dançar com as luzes do céu, não só na hora de poetizar, não só na hora de se tocar pelos olhos, em amor e poesia, na janela do tempo profundo. Te quero feliz, te quero tranquilo, em paz... Se eu pudesse contribuir para isso... queria muito... mas só posso dizer que estou aqui, contigo, em silêncio, esperando... Te amo. Sempre vou te amar. Isso não vai mudar. É amor eterno, amor ancestral, amor de todos os tempos, amor do tempo do tempo... Te amo tanto, tanto". Tua Marie.