Também trago asas de auroras dentro do peito, miríades de sentimentos e a leveza dos sonhos de quem acredita que tudo é possível na dádiva da seiva - rara e viva - do tempo... Por isso, sigo sem pressa a onda do vento. Me deixo levar pela lentidão dos segundos... Me abandono na pauta dos silêncios profundos e sozinhos. Sou flor a planar meu sonho de asas sobre a folha que desce as meigas águas deste igarapé de estrelas e luas reluzentes. Se me deixo guiar pelos caramanchões de luz que tingem meus olhos de universos e horizontes, não é porque não saiba mais pousar minhas asas, mas porque, finalmente, aprendi a voar...