Não devia mais sentir tanto e tão profundamente, nem despir as máscaras e adereços que ornamentam o meu calcanhar e me fazem de colares no pescoço. A verdade é a face no paredão... Há que não se olvidar a dor e, com as mãos sangrentas, arrancar a pedra e pelo buraco escuro que ficou espiar o mundo lá de dentro. Dessa antevisão da escuridão é que surge a tênue gosma da fome de amanhãs – um ponto de luz na escuridão do peito... E, a intimidade e a urgência do poema vomitam as entranhas ocultas da alma... Ou regurgitam o que os olhos bebem e a boca engole na fome do deserto. Desejo meu: queria nunca parar de escrever...