Para que haja um recomeço faz-se necessário ter havido um fim, mesmo que nunca, jamais se apaguem as lembranças, as memórias do que já foi... Essa dualidade entre a vida e a morte, entre a decadência e o renascimento é tão palpável que quase posso tocá-la com as mãos... ou talvez com os dedos da alma que a tudo sente... A contemplação do inevitável, da finitude tão presente em nosso viver, sentir, amar... E a lua, silenciosa e sobrenaturalmente ao lado, cada passo junto, perto, dentro, para que o homem e o poeta jamais se sintam sozinhos nesta travessia tão necessária para que o novo possa ser vivido...