Em noite escura, o vento a alma leva,
Pelas muralhas frias, sós, sem cor,
A dama chora em seu cruel torpor,
Enquanto o céu em pranto a lua ceva.
Mas no silêncio, uma luz se atreve,
É a voz do amor, que se faz chamar,
Entre as sombras, um suave pulsar,
E no peito, a esperança se eleva.
O cavaleiro, em gesta, a sorte prova,
Com sua lança, o peito vil fender,
Mas nele arde, em fúria, o seu querer,
De conquistar a paz que a dor reprova.
E ao fim da estrada, há amor, não cansaço,
Pois entre sombras, encontra um abraço,
Do amor eterno, que a vida embriaga.