Maria
Prosa e Poesia
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Textos
Fome de desertos
Me calo diante da busca intempestiva pela vida
que dá vazão aos sentidos do humano.
Encontrei um lagar de nascentes intermináveis.
Dele já compartilhei. Mas que fazer
se o deserto alheio chora pela secura da alma?
Nem o debruço dos olhos
por sobre a beirada do abismo arregaça
o puro e verdadeiro dos sentimentos.
Quando um não quer, não há como o outro
entregar o que lhe sobeja a alma...
É assim que morrem as lavraturas
de um lagar com quatro setas azuis...
Enquanto um se perde em todas as direções,
o outro se debruça sobre a face do abismo...
Maria
Enviado por Maria em 11/10/2024
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