E não se encontram mais mãos com lágrimas para derramar... As mãos calaram suas virtudes, despojaram-se do amor e da compaixão. Apegam-se ao que podem levar, estão cheias de nada, cheias de vazios, fardos tão pesados de se carregar. Essas mãos esquecem que as águas da alma são impelidas por suas próprias marés.. e que hoje o rio leva uma pequena e frágil folha, mas amanhã pode levar em suas águas toda margem, toda terra que jaz à beira de seu leito... E, hoje – grita a poeta - tantas mãos não têm mais lágrimas para derramar... não, não têm, não têm mais lágrimas para derramar...