Sobre o chão o tapete de neblina. Os olhos se encharcam nessa ilusão que fere o peito quebrando a vidraça da alma, invadindo cômodos sempre fechados - até em si mesmos. - Você fala demais! EU PRECISO DE SILÊNCIO! Agora... me calo - náufraga - na sala, no tempo e na plasticidade do poema. Sou refém silenciosa destas areias clandestinas... resort de dízimos, honorários - fronteira e fosso de palavras - e habilitação para migrações interiores... Algures, a face da noite que passa e a manhã que chega expurga sentimentos sobre a navalha da vida... e da poetisa a Vida pede o poema, a palavra, mas da mulher a Vida pede SILÊNCIO... SILÊNCIO...