O que sei dessa modernidade gasosa?
Tenho saudades dos tempos de mimeógrafo, xeróx...
Queria a volta do imaterial...
não sei se menos ou mais tecnologia é o correto
pois ainda não sei fazer cópias de mim mesma
para tentar me consertar, apagar, reescrever, redesenhar...
Trago um olhar de cadeia,
daqueles que não quer mais sair de si...
Que cansou de espargir amor
e só alguns laços de luzes,
por meses um poema triste e melancólico suportou...
Não há quem aguente tanta dor...
Tenho saudades dos tempos de mimeógrafo
em que os dedos de poeta teciam o verso
e ele se repetia... se repetia... se repetia.... se repetia...