Sim, me embrenhei justamente nesta exploração da interioridade e da solidão intelectual, misturada com uma nostalgia poética de tempos e lugares distantes. Se me entendo Flor de Pergaminhos antigos, talvez busque evocar a imagem de alguém enraizado em algum tipo de sabedoria e na reflexão, mesmo que à margem das esferas tradicionais e famosas do conhecimento. O que de fato sou e ando. Sou ponto fora da curva.
Se uso metáforas para falar da vulnerabilidade que, muitas vezes, acompanha uma mente criativa e inquieta é porque de outro jeito não sei me expressar. Por isso as referências literárias, como Maupassant e Mérimée, que acentuam esse sentimento de distância – não uma distância de compreensão, mas de uma vida menos convencional, onde os colóquios são solitários, mas ainda intensos e profundos. Ah! Como vivo bem dentro deles.
Busco a autenticidade rara num mundo onde a "mentira" sobre si mesmo se sobressai, expressando uma crítica interna enquanto reflito sobre a independência de espírito que ouso sonhar possuir. Almejo essa independência intelectual. Por isso faço o processo de reflexão sobre o que significa verdadeiramente "falar demais" ou "falar de menos", e a liberdade de encontrar valor em si, mesmo fora dos círculos mais reverenciados. Conclusão? Não vivo em círculo algum...