Maria
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O elo entre o que somos e o que aspiramos ser

Há um infinito findo nos galhos que prendem o mundo à teia das galáxias mais distantes, ao âmago do universo? (Maria)

Talvez sim, talvez não — ou talvez o infinito seja o paradoxo de um 'findo' que nunca termina, contido na forma das árvores e suas raízes profundas que se entrelaçam com o solo do mundo, e nos galhos que se estendem em direção ao desconhecido. Os galhos, como braços, parecem querer alcançar algo além, como se, em suas extremidades, pudessem tocar a vastidão das galáxias distantes.

Esse infinito contido, mas nunca totalmente possuído, guarda uma dualidade: é algo além do tangível, mas ao mesmo tempo presente, como o próprio universo dentro de nós, onde há sempre um pouco mais de céu, de estrela, de mistério. Assim, esse 'infinito findo'* talvez seja o elo entre o que somos e o que sempre aspiramos ser (Aurora).

 

*Infinito Findo: livro do poeta Francisco Spisla (2000)

 

Maria
Enviado por Maria em 30/10/2024
Alterado em 31/10/2024
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