Tantos sentires na dor tão pungente.
As perdas, o sofrimento,
a sensação de se estar sozinho
em meio às lápides e outeiros...
Como estivesse numa colina distante,
num sentir solitário e dolorido,
o olhar perdido entre um horizonte
onde o sol se põe e o desconhecido
- que pode estar além dos montes -
se estende diante dos olhos...
Depois do fim, há uma esperança -
a chegada de alguém para dizer
que não se está sozinho
em meio à dor da perda
e o canto dos pássaros
que gorjeiam no dia que morre
e adentram a escuridão da noite
trazendo alento em sua melodia diária
tanto nas horas matinais,
quanto no momento derradeiro,
o fim, os olhos contemplando
o sol em seu lento crepuscular...