Não sei se falo de aceitação... não sei...
talvez de resistência...
de ainda prosseguir nesta estrada
que me tolhe horizontes
diária e paulatinamente.
Sim, é o desejo profundo da alma:
tecer uma oferenda poética
de luz e renovação,
uma oferenda de amor.
Mas choro trevas
a cada lamparina apagada.
Se aparento fragilidade e sacrifício
como se houvesse propósito
neste soprar das chamas,
em meus pra dentro
ouso sonhar com um chão iluminado
que afaste as dores do passado,
transborde cura
e a transcendência do amor...