Há sempre uma esperança silenciosa e contemplativa num olhar perdido de si... quando a íris se projeta em direção ao desconhecido, ao impalpável, carregando perguntas sem respostas, sentimentos tão imensos que não se deixam prender nas paredes internas da alma. É visceral, de fato, o desabar das águas pelos despenhadeiros da face. É violento e purificador, como um sacrifício de expiação que possa trazer paz em meio ao turbilhão da tempestade interior. Há um lugar onde o eco das emoções possa, por fim, silenciar? Se há vulnerabilidade no poema, há também a força da profundidade de meus próprios desfiladeiros que se agigantam em medo, que se dobram às dores, que desabam às chuvas tempestuosas e profusas... Mas... sinto e vivo intensamente... mesmo nas brutas e doloridas quedas...