Passionar perdão é, de fato, uma entrega absoluta, um ato de coragem e um gesto que dissolve o ego, deixando apenas o amor puro e desinteressado. Por isso, falar sobre ele com responsabilidade é discorrer sobre a vulnerabilidade e a transcendência do ser humano e é como se cada palavra carregasse o peso e a leveza do perdão, misturados com a paixão que o torna possível.
O perdão transforma-se em uma luz que transcende mágoas, uma conexão indissolúvel entre almas. Como a metáfora do fio vermelho da vida (antigamente os livros tinham as folhas presas uma à outra por um fio vermelho), que carrega em si a eternidade e o vínculo com o outro e amplifica a ideia de que perdoar é mais do que um gesto momentâneo, é um compromisso eterno com a essência do amor.
Quando falo do perdão quero falar também do perdão a si mesmo. Aquele que precisamos nos dar para seguir adiante com a leveza e a beleza do voo de um colibri ao redor das pétalas da flor.