Eu penso. Não devia pensar.
Cada pensamento é consumido
por grandes labaredas
numa tentativa de os apagar.
Então você chega:
fotografando seu nome
na palma da minha mão.
E você é sempre muito mais
do que eu me lembrava
da hora anterior.
Sou um deserto,
de ávida espera
entre uma luz e outra
na janela do tempo profundo.
Aguardo, quieta, olhar ansioso,
o Sol emitir seus raios de luz,
acariciar minha face
e dançar estrelas em meus olhos
na noite infinda.