Trago enciclopédias dentro do peito,
um fio vermelho perpassa o coração,
aninhando-se num posfácio
onde a poeticidade me toma por completo.
Por isso, os ensejos de Sol,
terra e Mar.
Por isso, ilhas ciclônicas
dentro a alma.
Escrevo e deixo-me recapturar,
mais uma vez,
por este demônio da dispersão...
que me toma de assalto,
levando-me aos píncaros do universo,
onde o mundo é cinza
e só me habitam
parcos hieróglifos da hora anterior.
Mas, de novo me volto
ao que de fato importa:
o sonho do coração.
Meu horizonte me espera
em frente à Porta branca
chamuscada de azul.
Sorriso nos olhos,
aguarda-me para o abraço de infinito.