Maria
Prosa e Poesia
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Textos

À quem interessar possa...

Só posso falar de mim, dessa alternância que é minha vida como escritora na fresta do tempo. Um dia prosa, noutro poesia e nessa linguagem a vida se tatua em um dia na folhinha da parede atrás da porta. Se minha fala é evocativa ou emotiva, se é prosaica, científica... como saber? Que o digam os que me leem. Não sei classificar minha alma - pois é dali que emanam as palavras aos trambolhões... Se falo ou sussurro, se regurgito ou arroto... não sei. Simplesmente sinto... falo... escrevo... assim, assim... para sobreviver. Leio os filósofos, os cientistas, os poetas e... sinto... e escrevo. Dialogo com eles. Rio e choro nas ondas de seus risos e lágrimas... Respondo aos seus lamentos e canções... Assim é minha vida, um dia prosa, noutro poesia... (Texto baseado em Edgar Morin, no livro O X da questão, p. 76 onde ele fala da Antropologia Existencial: poesia-prosa. Morin - de quem sou fã, fala da Antropologia existencial de Georges Bataille, pioneiro neste tema)

 

Agora, sobre o que escrevo, como escrevo, sobre chorar e sobre rir enquanto escrevo. Vivo a poesia. Sofro com os poetas. Choro e rio com eles. Me agasto, me enlevo. Dialogo, respondo em textos. Cada texto é um diálogo. Com poetas, poetisas, com meu amor de longa data...

 

Sou verdadeira. Sempre fui. Não mudo regras de jogo porque não há jogo. Há vida. Eu apenas vivo. Cada dia. Minha vida, meus sentimentos. Não sei do outro. Sei de mim. Sou minha poesia e minha poesia sou Eu e ninguém tem nada a ver com isso. Os que querem acreditar acreditam, os que não querem não acreditem e está tudo bem.

 

Sigo meus dias como sempre segui desde o dia 06 de maio de 2006 quando cheguei no recanto - mas escrevo desde adolescente.

 

Sou a menor dos poetas deste recanto. A menos lida, a menos comentada. Leio muito os poetas e comento pouco, mas dialogo com eles em meus textos. Eles não sabem porque não me leem... Falo com eles...

 

Quem leu mais de uma linha minha sabe, me conhece. Sabe meu perfil, minha mente, como penso, conhece meu coração. 

 

Quem me conhece pessoalmente sabe bem quem eu sou. Amo o que faço. Amo as pessoas. Ajudo dependentes químicos, moradores de rua, mulheres que sofrem violência, pobres. Acolho e encaminho meus alunos em suas demandas, meus colegas na faculdade, meus amigos. Sou como um para-raios onde estou. Tudo cai sobre mim, todos me procuram pra falar porque já ouviram falar, sabem que ouço, encaminho, resolvo, ajudo. 

 

Para os que já me perguntaram e nunca respondi. Sou cristã, acredito muito (Luterana). Faço minhas orações diárias. Não sou religiosa. Acredito num Deus e converso com ele em cumplicidade de vida. Vivo a minha fé. Simples assim.

 

Não me meto em política (tenho minhas tendências, sim, quem me lê sabe), mas sou ativa em movimentos sociais, lutas, tenho minhas bandeiras e o ser humano é o centro delas. 

 

Tenho 57 anos. Sou mulher, mãe, divorciada, livre e senhora de mim e ninguém tem nada a ver com isso.

 

Sou Assistente Social, Professora (simplesmente amo a docência, amo meus alunos), cientista, pesquisadora (amo o que faço, escrevo muito, produzo muito), escritora (tenho vários livros escritos - na área da dependência química, para adultos, crianças, desastres (meu lattes é longo), muitos artigos publicados em revistas reconhecidas). De poesia apenas um livro, dedicado ao Poeta que me salvou de morrer porque me trouxe a poesia, me trouxe para o recanto. 

 

Sou pobre, faço bicos para pagar as contas porque a docência não é suficiente. Tenho problemas de saúde- graves. Estou viva graças a tecnologia. Tenho um companheirinho no peito que me dá choques quando o coração para. Já tive 3 mortes súbitas. E posso morrer a qualquer momento como qualquer ser humano. Hoje pode ser eu, você, quem é que pode saber? Por isso vivo intensamente cada dia. Vivo, vivo, vivo. Amo, amo, amo...

 

Sou amiga, amiga de verdade. Sincera, verdadeira, fiel, leal. Sou alegre, brincalhona, briguenta, marrenta, furiosa quando provocada, dengosa...

 

Mas mentirosa e sem sinceridade, me desculpa, eu não sou. Se você me chama de mentirosa não me conhece e não temos mais nada a falar um com o outro. Vá embora, suma da minha vida, da minha página, de diante dos meus olhos... Não há o que falar se você não acredita no que eu falo... se me dizes mentirosa... simples assim.

 

Terminei um relacionamento com o pai do meu filho para deixar de ser "hipócrita". Porque o amor havia morrido há muito e muito tempo e eu não conseguia mais viver sem amá-lo. Simplesmente não conseguia. Precisava ser fiel aos meus princípios, ao que ensinei ao meu filho desde pequenino: sempre a verdade filho, sempre a verdade.

 

Simplesmente estranho que após tantos anos neste lugar e nesta altura da vida eu seja questionada por e-mail anonimamente (de verdade, não sei quem você é, juro) sobre minha vida, amores (não há amores - há amor, apenas um Amor - Amor Verdadeiro e só diz respeito a mim), poemas, comentários, cartas... O que é isso? O QUE É ISSO?

 

Quando cheguei aqui sofri todo tipo de assédio por e-mail de alguns autores homens. Uns querendo isso, outros aquilo. Liam um poema, entendiam ser para si e me escreviam. No início, inocente, respondia, embora o mestre sempre me dizia - não responda, mas eu confiava, acreditava. Passado um tempo vinham com coisas que me faziam deletar, não responder, bloquear...

 

Fiquei anos com e-mail trancado por causa disso. Abri a pouco tempo. Respondi alguns poucos (raros) autores nos dois últimos anos e posso dizer o nome de alguns que confio muito: Takinhho, Kolemar Rios, Julio Cesar Fernandes e Cavaleiro Tarso, o mestre Joaquim Moncks, Lucas Candelária, Herlander Lobão e tantos outros que li, leio e continuarei a ler - se esqueci seu nome, por favor, releve.. não cabe o nome de todos poetas. Alguns conheço pessoalmente como PG Alencar pela webcam Julio Cesar Fernandes e Kolemar Rios. 

 

Autoras, várias, inúmeras. Angela Lara, Lucia Constantino e Rose Rocha (que foi minha amiga pessoal desde 2006 - nos visitávamos e falávamos diariamente - até ela falecer em 2021 de covid). Tem várias outras, mas são tantas que não caberia aqui... e por isso cito apenas essas.  

 

Fui plagiada, fui acusada injustamente de plágio por fazer um texto usando uma palavra que estava no título de um poesia de uma autora "tatuagem". Eu comentei seu texto elogiando-a e postei um poema antigo que está no meu livro usando a mesma palavra num dia em que vários poetas usaram a mesma palavra em suas poesias. A briga foi por comentários insultosos e acusatórios... foi horrível. Ameacei entrar com uma representação e tudo passou... 

 

E estou aqui. Continuo escrevendo sobre mim, sobre a vida, sobre o amor, sobre a natureza, o mundo. Quem quiser me ler, pode ler, quem não quiser não precisa. Eu escrevo igual. Não vou parar... Escrevo pra respirar... 

 

Para saberem. Deletei meu e-mail, então quem o tem não vai ter resposta se escrever. Tirei meu acesso a contato por enquanto. Se me acalmar e ficar de boas volto a colocar, mas por enquanto falar comigo só pelos comentários e tem de estar cadastrado. 

 

Seguirei comentando os poetas que gosto de ler. Seguirei lendo os cento e tantos que leio e dialogando com suas almas quando a minha assim o quiser... em silêncio, num poema, numa estrela do céu... em pensamento... em sonho... com a alma, o coração. 

 

Então? Agora todos sabem quem é Maria. Grata por cada um que é meu amigo, minha amiga. 

 

Os outros? Aqueles que me ofendem, me atacam, me provocam... triste, triste... que triste.

 

Só quero seguir meus últimos dias na terra - que serão poucos - escrevendo em paz, amando e sendo amada, cuidando e amando meu filho, tendo a felicidade de um dia ainda viver todos os meus sonhos... 

 

Escrevo porque preciso, fisicamente preciso, espiritualmente preciso, mentalmente preciso. Só quero continuar... por favor... só quero continuar a escrever em paz... 

 

Maria
Enviado por Maria em 08/12/2024
Alterado em 08/12/2024
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